Na atualidade, é comum ouvirmos pessoas falando sobre crenças limitantes.
Este é um tema que se fala muito porque, de fato, é uma realidade; ou seja, de acordo com a criação e o desenvolvimento da personalidade de um indivíduo, uma série de coisas boas são aprendidas, assim como uma série de coisas ruins também — originando tais crenças limitantes.
As crenças limitantes são inúmeras, mas, de forma generalista, podemos dizer que uma crença limitante é um pensamento autodepreciativo que impede o sujeito de agir e de tentar. Ela pode se originar de várias maneiras (sendo cada origem única, subjetiva, excepcional e totalmente ligada ao meio daquele sujeito). Assim sendo, não existe uma receita única que sirva para todos e, por esse mesmo motivo, não existe uma única receita (ou técnica) que cure todos os males de uma crença limitante. O que sabemos é que, para curar ou sanar quaisquer sintomas físicos e/ou emocionais, nós precisamos aprofundar na causa. É difícil manter uma constância quando você não entende a raiz da questão em si.
Quando se segue uma regra/técnica sem que haja minimamente o entendimento de onde se originou o problema, o sujeito tem uma grande chance de falhar novamente. Ele pode estar há meses se posicionando bem, atuando de modo protagonista na sua vida, até que... acontece uma catástrofe: uma doença, uma separação, um falecimento, uma falência... e aí ele volta a se limitar, ele perde a dieta, ele perde o foco, ele se isola novamente... Porque, no fundo, ele só estava reproduzindo um comportamento e não agindo genuinamente naquilo que aprendeu.
Para facilitar o entendimento, eu sempre dou o exemplo dos estudos:
Se você decora um conteúdo ao invés de aprendê-lo de fato, você pode até tirar 10 na prova no dia seguinte e ter passagem para algo novo na sua vida, mas, em longo prazo, se essa prova for cancelada por meses, lá na frente você não lembrará muito do que decorou e correrá o risco de falhar.
Se, no lugar de decorar, você se aprofundar no assunto e entendê-lo em sua origem, meio e fim, pode passar anos e, mesmo que você não tenha a riqueza de detalhes que tinha no momento dos estudos, ainda assim conseguirá falar sobre esse assunto e até passar numa avaliação.
Não se tira uma crença limitante de um dia para o outro; primeiro se entende o que limitou a crença, se trabalha isso, ressignifica e assim se cria novas crenças saudáveis.
Tudo é processo!