• contato@barbolani.com.br
  • (11)98526-5766

Os 5 estágios do luto de Elisabeth Kübler-Ross

blog-img

Os 5 estágios do luto de Elisabeth Kübler-Ross

O Luto: Um Processo de Encerramento e Adaptação

Muitas pessoas associam o luto exclusivamente à tristeza pela morte de alguém de forma literal. Porém, o luto é, na verdade, um processo de encerramento de ciclo e de adaptação diante dessa perda.

Exemplos de encerramento de ciclos são inúmeros, como: a morte, separações e divórcios, falências, mudanças de cidade, estado ou país, encerramento de etapas escolares ou profissionais, entre outros.

Os sentimentos de luto estão presentes em diversas dessas situações, em graus variados, dependendo da importância afetiva que se tinha pelo que foi perdido.

A psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross, em sua obra “Sobre a Morte e o Morrer”, formulou as cinco fases do luto: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação.

Essas fases representam reações psíquicas naturais que o indivíduo enlutado passa para lidar com a perspectiva da perda. A seguir, explico cada uma delas:

1 - Negaçao

A primeira fase do luto funciona como uma defesa psíquica, em que a pessoa se recusa a acreditar no que aconteceu e evita encarar a realidade. É um momento de dor intensa e dificuldade em lidar com a ausência.

2 - Raiva

Na segunda fase, surgem sentimentos de revolta e injustiça. O indivíduo se sente irritado com o mundo e não aceita a situação. Ao perceber que não há como reverter a perda, a raiva se manifesta.

3 - Negociação ou Barganha

Aqui, a pessoa tenta negociar para aliviar a dor, buscando soluções ou promessas — seja a Deus, a si mesma ou a outras pessoas — para tentar "voltar atrás" ou compensar a perda.

4 - Depressão

Na quarta fase, o indivíduo volta-se para dentro de si, muitas vezes se isolando e sentindo-se impotente diante da tristeza profunda. É comum apresentarem-se sintomas como apatia, desânimo, choro frequente e falta de vontade de realizar atividades.

5 - Aceitação

Na última fase, a pessoa reconhece e aceita a realidade, por mais dolorosa que seja, e encontra uma forma de seguir com a vida de modo saudável, mesmo que a tristeza possa persistir por um longo tempo.

Importante lembrar:
O luto é um processo natural e necessário, e deve ser vivido — nunca reprimido. Reprimir a dor pode gerar sintomas físicos e emocionais mais à frente.

Quando o luto persiste por tempo excessivo e compromete a vida da pessoa, pode se tornar um luto patológico, que requer acompanhamento médico e psicológico adequado.

Também é fundamental não rotular pessoas que estão passando pelo luto como “depressivas” logo de início, pois este é um processo natural diante de uma perda significativa.

Se conhecer alguém passando por essa situação, ofereça apoio e compreensão.

Dúvidas?
Estou à disposição para ajudar.
Beijo,
Psicóloga Daniele Castelani — CRP: 06/131496